Pode-se usar a abordagem pré-escrotal. Esta é mais comum e mais facilmente realizada.
1- O paciente deve estar em decúbito dorsal. Esta região deve ser preparada com depilação do abdome caudal e também da parte medial das coxas. Faz-se assepsia da região. Pode-se utilizar álcool 70% e PVPI (povidona iodada).
2- A assepsia na mesa de cirurgia deve ser feita com auxílio de gaze e da pinça de sheron.
É melhor excluir o testículo do campo cirúrgico.
Faz-se uma pressão em um dos testículos para que este avance na direção pré-escrotal.
3- A incisão é feita sob a pele e o tecido subcutâneo ao longo da rafe mediana, sobre o testículo deslocado.
Continue a incisão através da fáscia espermática para exteriorizar o testículo. Ele deve "pular" assim que for liberado da túnica vaginal.
A túnica albugínea não sofrerá incisão pois isso acarretaria em exposição do parênquima testicular.
4- Exteriorize o testículo fazendo uma tração caudal (para fora).
Identifique as estruturas do cordão espermático.
Deve-se usar a tesoura para aumentar a visualização das estruturas.
As estruturas são fixadas com 2 pinças hemostáticas. A mais distal deve ser afrouxada no momento de confecção do nó.
A túnica vaginal e o músculo cremáster devem ser ligados e seccionados.
5- Ligue individualmente o cordão vascular e o ducto deferente e depois coloque uma ligadura ao redor de ambos. Pode ser uma ligadura de transfixação.
Nestas fotos estão faltando as duas pinças hemostáticas que deveriam estar apoiando o conjunto antes da confecção do nó.
6- Seccione tanto o ducto quanto o cordão vascular.
Inspecione o "toco" para verificar se há hemorragia (se o nó ficou bem feito) e só depois solte a pinça hemostática dele.
7- Repetir o esquema com o outro testículo.
8- Basta 3 pontos simples separados para fechar o local da incisão. Após isso, faz-se a assepsia da região com solução de NaCl a 0,9%. Pode-se utilizar furosemida tópico no local.
É bom tampar o local com gaze e esparadrapo.
Considerações sobre fármacos utilizados serão abordados mais adiante.